Queria, não quero.
Quero, não queria.
De fato, não queria querer!
Querer, nesse exato momento, é fraqueza.
É medo de tentar tudo de novo. É querer lidar com o mais ou menos conhecido, e não com o totalmente desconhecido.
Mas acho que nem conheci tanto assim. Só sei que estava gostando. Apesar de tudo, estava gostando do que conhecia a cada dia.
Doeu ter cortado essa sensação gostosa de ir conhecendo e curtindo.
E cá estou, de volta à SOLIDÃO PAULISTANA.
Aí fica viajando e pensando: como as relações nessa cidade acontecem de maneiras tão inesperadas. E é do mesmo jeito que terminam.
As pessoas aqui acabam ficando muito egocêntricas por causa da competição no mercado de trabalho, e levam esse egoísmo para as relações, sendo elas amorosas ou apenas amizades...
Acaba que ficam todos tão centrados em suas carreiras, em suas vidas que ficam na defensiva quando existe a possibilidade dessa vida ser partilhada com alguém.
Eu também estou assim. Sempre começo qualquer relação pensando no pior. POr mais divertido que esteja, no fundo estou sempre preparada para o fim - às vezes até esperando por isso! Tenho certeza de que essa postura, por mais inconsciente que seja, me fez perder várias chances. Não digo chances de conhecer o homem da minha vida, o príncipe encantado. Não quero príncipe encantado. Ele deve ser um chato. Quero um homem comum, cheio de defeitos. Só quero poder amar todos esses defeitos. E se não for pedir demais, que o dono desse defeitos também possa amar os meus defeitos, além das minhas poucas qualidades. Pode não durar a vida inteira. Nem sei se gostaria que durasse. Faço minhas as palavras do maravilhoso Vinícius de Moraes:
"Que não seja imortal, posto que é chama,mas que seja infinito enquanto dure!"
É só isso que eu quero da vida: uma chama de amor que, embora mortal, seja infinita enquanto durar.
Às vezes penso se não estou pedindo demais da vida...
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