sexta-feira, julho 15, 2005

Edukators

Pessoas na rua comemorando. É apenas um título de futebol. Não entendo por que isso acontece com os brasileiros. A gente fica feliz com a vitória do outro. Pode até ser o time pelo qual a gente tem uma certa paixão, mas quem está ganhando são os jogadores, e não os torcedores. Por isso não entendo tanta briga nos estádios. Será que ficamos feliz com a vitória do outro porque não temos nossas próprias vitórias?

Estava em casa, sozinha, assistindo Edukators. Muito bom. Mexe com sentimentos muito variados: amor, ideologia, revolução, violência, não-violência. Tanta coisa com tanta sensibilidade e estilo. Esses alemães são foda mesmo!

Queria escrever, mas não sei o que se passa comigo. Tenho medo de assumir q o que estou sentindo agora é algo que venho negando há alguns anos, e que só eu posso resolver. De vez em quando, sinto uma tristezinha tão chata. Não sei explicar e fico buscando respostas dentro de mim...

Quanta buzina lá fora. As pessoas não trabalham amanhã? Eu estou de férias, mas e o resto da cidade? Ninguém acorda cedo?

Engraçado. Queria tanto meu computador em casa para poder escrever com mais fluência e agora estou travada. Desde segunda-feira. Quero escrever, mas nunca consigo sentar na frente do meu computador para isso. Sempre começo outra coisa e desencano de escrever. Mas eu quero escrever. Pode ser que, na verdade, estou é com medo de acabar expondo sentimentos que não quero assumir nem pra mim mesma. Não diria sentimentos, mas conclusões. Conclusões tristes a respeito do amor. É patético afirmar isso, mas descobri que festas de casamento mexem comigo. Tenho a sensação tão clara que nunca vai existir alguém disposto, pelo menos por um momento, a assumir comigo um compromisso. Por isso acabo me envolvendo só com caras comprometidos. Pelo menos assim não fico com a ilusão de que alguém possa me dar prioridade. Doeu muito ouvir sobre a impulsividade do álcool. Então eu sou apenas isso: a amiga que está disponível no momento da impulsão. Não imaginei que fosse doer tanto. Não esperava ouvir isso assim, na cara. Será que ele não percebeu o quanto me machucou? Estava tão preocupada em manter a amizade como era, não deixar esse deslize alcoólico atrapalhar uma relação tão legal. Mas agora mudou tudo.