Prozac Nation
Final de semana estranho... Como sempre, sentimentos confusos.
Feliz porque estou dormindo direito. É impressionante como um colchão faz diferença na vida de uma pessoa. Com apenas uma noite dormindo no meu colchão novo, de molas, durinho e delicioso, minhas costas não doem mais. E pensar que passei uns seis meses sofrendo com isso, antes de trocar de colchão! Por isso estava sempre acabada, cansada e de péssimo humor.
Meu humor continua maluco. Agora um pouco mais. Fim de mais uma faculdade. Desempregada de novo. Não tenho a menor idéia do que vai ser minha vida no próximo ano. Surgiu uma vaga até pra trabalhar, por um ano, em Poços de Caldas. Mandei currículo, mas acho que não é pra mim...
Essa insegurança sempre tomando conta. Por mais que ninguém acredite, eu sempre tento deixar de lado meu pensamento pessimista e negativo, mas ele sempre volta. E se não der em nada as entrevistas que estou fazendo? E se não conseguir emprego em lugar nenhum? Não quero ter que abandonar tudo aqui em SP e voltar pra PP, praquela solidão que é muito pior que a Paulistana.
Ainda não cumpri uma das coisas que prometi para minhas férias: sair sozinha, pra qualquer lugar, em vez de ficar presa dentro de casa só assistindo milhões de filmes.
Falando em filme, estava assistindo “Geração Prozac” agora mesmo. Não sabia que doía tanto ver em filme uma outra pessoa falando exatamente as mesmas coisas que eu falava quando estava em crise. Parecia que era eu, e não a atriz (Cristina Ricci, gosto muito dela!). Chorei em vários momentos, mas chorei por mim, por ter vivido e continuar vivendo tudo isso sozinha. Travando e vencendo, não sei como, uma batalha tão dolorosa comigo para conseguir sair da cama. E quando consigo sair, aquela sensação paradoxal de ter me vencido e me derrotado ao mesmo tempo. A cada dia, fora de casa, com outras pessoas, sou alegre, dou risada, mas será que essas pessoas não percebem que aqui dentro está tudo tão machucado, tão triste. E cada vez mais fechado. Cada vez mais me protejo e não deixo ninguém chegar perto. E vai ficando cada vez mais difícil deixar alguém chegar perto...
Andei pensando na minha vida... Cheguei à triste conclusão de que nunca, em momento algum, alguém teve de fazer alguma coisa pra ficar comigo. Nunca fui especial pra nenhum dos caras com quem me relacionei. Fui apenas mais uma, entre milhões, sem sentido, sem sentimento... Ou seja... Ninguém! Queria, ao menos, ter sido importante na vida de apenas uma pessoa, fosse quem fosse. Mas nem disso fui capaz... 25 anos sem nunca ter sido amada... Tive vários relacionamentos, sempre rápidos e sem profundidade. Apenas diversão, sempre diversão. Porém não quero mais isso... Agora quero que seja amor... Se não for, estou melhor sozinha.
Claro que meu corpo também reclama essa solidão.
Sinto falta de acordar e sentir o calor de outro corpo na minha cama...
Sinto falta de preparar almoço com carinho, caprichando por ser para outra pessoa...
Sinto falta de assistir qualquer porcaria na TV e achar divertido porque minhas pernas estão por cima das pernas de outra pessoa e só isso já é bom demais...
Sinto falta de andar na rua de mãos dadas...
Sinto falta de beijinhos na orelha...
Sinto falta de abraços apertados...
Sinto falta de beijos roubados...
Sinto tanta falta... Sinto até falta do que nunca vivi...
Ao mesmo tempo que ainda espero que haja alguém nesse vasto mundo disposto me amar, tenho uma certeza tão grande de que isso é pura ilusão. Não sei de onde essa certeza surgiu, mas ela machuca com tanta força... É tão clara, tão presente... Às vezes, parece que posso até tocá-la...
Não sei o que queria escrever, acabei não escrevendo nada...
Será PROZAC minha única solução?
Queria uma outra forma de parar de sofrer...
Maldita solidão...
Feliz porque estou dormindo direito. É impressionante como um colchão faz diferença na vida de uma pessoa. Com apenas uma noite dormindo no meu colchão novo, de molas, durinho e delicioso, minhas costas não doem mais. E pensar que passei uns seis meses sofrendo com isso, antes de trocar de colchão! Por isso estava sempre acabada, cansada e de péssimo humor.
Meu humor continua maluco. Agora um pouco mais. Fim de mais uma faculdade. Desempregada de novo. Não tenho a menor idéia do que vai ser minha vida no próximo ano. Surgiu uma vaga até pra trabalhar, por um ano, em Poços de Caldas. Mandei currículo, mas acho que não é pra mim...
Essa insegurança sempre tomando conta. Por mais que ninguém acredite, eu sempre tento deixar de lado meu pensamento pessimista e negativo, mas ele sempre volta. E se não der em nada as entrevistas que estou fazendo? E se não conseguir emprego em lugar nenhum? Não quero ter que abandonar tudo aqui em SP e voltar pra PP, praquela solidão que é muito pior que a Paulistana.
Ainda não cumpri uma das coisas que prometi para minhas férias: sair sozinha, pra qualquer lugar, em vez de ficar presa dentro de casa só assistindo milhões de filmes.
Falando em filme, estava assistindo “Geração Prozac” agora mesmo. Não sabia que doía tanto ver em filme uma outra pessoa falando exatamente as mesmas coisas que eu falava quando estava em crise. Parecia que era eu, e não a atriz (Cristina Ricci, gosto muito dela!). Chorei em vários momentos, mas chorei por mim, por ter vivido e continuar vivendo tudo isso sozinha. Travando e vencendo, não sei como, uma batalha tão dolorosa comigo para conseguir sair da cama. E quando consigo sair, aquela sensação paradoxal de ter me vencido e me derrotado ao mesmo tempo. A cada dia, fora de casa, com outras pessoas, sou alegre, dou risada, mas será que essas pessoas não percebem que aqui dentro está tudo tão machucado, tão triste. E cada vez mais fechado. Cada vez mais me protejo e não deixo ninguém chegar perto. E vai ficando cada vez mais difícil deixar alguém chegar perto...
Andei pensando na minha vida... Cheguei à triste conclusão de que nunca, em momento algum, alguém teve de fazer alguma coisa pra ficar comigo. Nunca fui especial pra nenhum dos caras com quem me relacionei. Fui apenas mais uma, entre milhões, sem sentido, sem sentimento... Ou seja... Ninguém! Queria, ao menos, ter sido importante na vida de apenas uma pessoa, fosse quem fosse. Mas nem disso fui capaz... 25 anos sem nunca ter sido amada... Tive vários relacionamentos, sempre rápidos e sem profundidade. Apenas diversão, sempre diversão. Porém não quero mais isso... Agora quero que seja amor... Se não for, estou melhor sozinha.
Claro que meu corpo também reclama essa solidão.
Sinto falta de acordar e sentir o calor de outro corpo na minha cama...
Sinto falta de preparar almoço com carinho, caprichando por ser para outra pessoa...
Sinto falta de assistir qualquer porcaria na TV e achar divertido porque minhas pernas estão por cima das pernas de outra pessoa e só isso já é bom demais...
Sinto falta de andar na rua de mãos dadas...
Sinto falta de beijinhos na orelha...
Sinto falta de abraços apertados...
Sinto falta de beijos roubados...
Sinto tanta falta... Sinto até falta do que nunca vivi...
Ao mesmo tempo que ainda espero que haja alguém nesse vasto mundo disposto me amar, tenho uma certeza tão grande de que isso é pura ilusão. Não sei de onde essa certeza surgiu, mas ela machuca com tanta força... É tão clara, tão presente... Às vezes, parece que posso até tocá-la...
Não sei o que queria escrever, acabei não escrevendo nada...
Será PROZAC minha única solução?
Queria uma outra forma de parar de sofrer...
Maldita solidão...
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